Em relação ao editorial econômico do jornal “O Estado de São Paulo”, publicado em 20/03/2015, sob o título “Ajuste necessário nos fundos de pensão estatais”, o Postalis esclarece:
1) O déficit técnico-atuarial do plano BD saldado do Postalis é composto por:
– Resultados insuficientes dos investimentos apurados nos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014, grande parte em decorrência de provisionamentos para perdas e desvalorização de cotas de investimentos feitos em períodos anteriores a 2012;
– Alterações das bases técnicas atuariais do plano (principalmente a redução da taxa de juros que compõe a meta atuarial);
– Suspensão dos pagamentos dos valores relativos à RTSA desde março de 2014, por orientação do DEST – Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, acatada pelos Correios;
– Incorporação do déficit em equacionamento desde abril de 2013;
2) O plano de equacionamento do déficit que entrará em vigor a partir de 01/04/2015 prevê contribuições extraordinárias de 25,98% sobre o valor dos benefícios de aposentados e pensionistas e, para os participantes ativos, sobre o Benefício Proporcional Saldado – BPS. Nesse percentual já estão contidos os 3,94% que vinham sendo praticados até o momento. A patrocinadora contribuirá na mesma proporção;
3) O BPS corresponde ao benefício ao qual o participante teria direito caso, na data do saldamento do plano, já tivesse cumprido todos os requisitos de elegibilidade ( idade, tempo de contribuição).
4) Os investimentos feitos no Grupo EBX representavam 1,66% do patrimônio dos planos. O Postalis não tem mais em sua carteira nenhum ativo do Grupo ;
5) Conforme notas publicadas anteriormente, esclarecemos que o Postalis não fez investimentos em papéis da Argentina e da Venezuela. Entre 2005 e 2008, o Instituto fez aportes em um fundo cujo regulamento previa a aplicação de pelo menos 80% do valor investido em títulos da dívida pública externa brasileira. Em 2011, esses títulos foram trocados à revelia do Postalis e contra o regulamento do fundo. O Instituto tem ação em curso na Justiça contra o gestor Fabrizio Neves e o administrador do fundo, BNY Mellon, inclusive com decisões a seu favor;
6) Com relação à Operação Lava-jato, o Postalis desconhece a investigação de desvio de recursos dos seus planos, embora esteja sempre `a disposição dos órgãos competentes.