Em resposta à coluna do jornalista José Casado, intitulada “A hora da conta”, publicada no jornal O Globo de 24/03/2015, o Postalis esclarece:
– A descrição do déficit técnico-atuarial do Plano BD saldado do Postalis como um rombo identificado na contabilidade não está correta. O déficit técnico-atuarial do plano decorre de:
- Resultados insuficientes dos investimentos apurados nos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014, grande parte, em decorrência de provisionamentos para perdas e desvalorização de cotas de investimentos feitos em períodos anteriores a 2012;
- Alterações das bases técnicas atuariais do plano (principalmente a redução da taxa de juros que compõe a meta atuarial);
- Suspensão dos pagamentos dos valores relativos à RTSA desde março de 2014, por orientação do DEST – Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, acatada pelos Correios;
– O déficit a ser equacionado a partir de abril incorpora o déficit em equacionamento desde abril de 2013;
– Diferentemente do que afirma o colunista, o déficit será equacionado entre os Correios e os empregados participantes do BD, aproximadamente 90 mil pessoas entre ativos, aposentados e pensionistas, a partir das folhas de pagamento do mês de abril;
– Conforme notas publicadas anteriormente, esclarecemos que o Postalis não fez investimentos em papéis da Argentina e da Venezuela. Entre 2005 e 2008, o Instituto fez aportes em um fundo cujo regulamento previa a aplicação de pelo menos 80% do valor investido em títulos da dívida pública externa brasileira. Em 2011, esses títulos foram trocados à revelia do Postalis e contra o regulamento do fundo. O Instituto tem ação em curso na Justiça contra o gestor Fabrizio Neves e o administrador do fundo, BNY Mellon, inclusive com decisões a seu favor;
– Os citados investimentos no banco BVA ocorreram entre 2011 e 2012. Dos R$ 135,6 milhões investidos, R$ 55,9 milhões já foram resgatados e o Postalis adotou medidas judiciais para o recebimento do crédito remanescente;
– Diferentemente do que sugere a publicação, o Postalis não realizou o investimento em debêntures emitidas pela agência Marsan Viagens e Turismo.O investimento teve parecer negativo por parte da equipe de analistas da área financeira, bem como do Comitê de Investimentos do Postalis;
– O Postalis desconhece qualquer influência de Alberto Youssef em investimentos do Instituto.
– Muitas medidas vêm sendo tomadas pela atual diretoria em busca de melhores resultados: a reestruturação da carteira de investimentos, ações judiciais e extrajudiciais para a reversão de prejuízos, melhorias no controle e na governança, investimento em Títulos Públicos Federais marcados na curva, dentre outras.