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Não caia nessa! Como se proteger de golpes financeiros e fraudes no cartão

Conheça os golpes e as fraudes mais comuns contra o consumidor e confira dicas para evitá-los.

Com alguns toques na tela do celular, conseguimos comprar produtos, contratar serviços, ler as últimas notícias e conversar com amigos e familiares em tempo real. No mesmo aparelho, checamos nossos e-mails e mensagens de texto e realizamos transações financeiras. Tudo com muita praticidade e simplicidade. O avanço tecnológico tem tornado nossas vidas cada vez mais cômodas.

Contudo, para usufruir de todo esse conforto com segurança, precisamos estar atentos e bem informados. Golpes e fraudes contra o consumidor têm se tornado mais frequentes e eficientes, com os criminosos utilizando-se da tecnologia para agir.

O Radar Febraban 2022, mostra que 26% das pessoas já foram vítimas de golpes financeiros ou tentativas de golpes. A pesquisa é feita trimestralmente pela Federação Brasileira de Bancos e pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas.

Outro levantamento, feito pelo Serasa Experian, revela que apenas no mês de janeiro de 2022 os brasileiros sofreram mais de 375 mil tentativas de golpes – um aumento de 16,4% em relação ao mesmo mês de 2021.

Para não cair nessas armadilhas, é preciso estar bem informado. Pensando nisso, listamos os tipos de fraudes mais comuns e muitas dicas para você se proteger e orientar sua família. Nos depoimentos reais que trazemos a seguir, não usamos os nomes completos dos entrevistados para resguardar suas identidades.

Golpes e fraudes mais comuns e como se proteger
Um dia, ao checar suas notificações de WhatsApp, você se depara com um pedido de ajuda financeira urgente de um amigo ou parente próximo. Foi o que aconteceu com o Caio, 24 anos. Um amigo contava uma história comovente, que terminava com o pedido de um empréstimo de R$ 2 mil. Prestativo, Caio transferiu o dinheiro via Pix. Ao ligar para o amigo informando que já tinha feito a transferência, descobriu que havia sido vítima de golpe.

Esse é apenas um exemplo de um golpe cada vez mais recorrente, que utiliza o WhatsApp. Funciona assim: os golpistas descobrem o nome e o número de telefone das pessoas que irão abordar e clonar a conta de WhatsApp. Para fazer isso, eles precisarão inserir um código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em outro dispositivo.

Para obterem esse código, os fraudadores enviam uma mensagem no WhatsApp fingindo ser de alguma empresa na qual a pessoa possui cadastro e pedem o código de segurança para algum tipo de atualização ou confirmação. Com o código nas mãos, os golpistas conseguem clonar a conta e passam a ter acesso a todos os seus contatos e conversas.

Passam, então, a enviar mensagens para as pessoas pedindo dinheiro para resolver alguma urgência. Quando conseguem acesso ao histórico de mensagens do aplicativo, os fraudadores são tão convincentes que enganam pessoas de diferentes perfis, de executivos de empresas a médicos e outros trabalhadores que, na correria do dia a dia, não se dão conta de que estão falando com golpistas.

O que fazer para evitar fraudes no WhatsApp
A primeira medida é habilitar as funções de segurança do aplicativo. Mas há outras configurações que dificultam a vida do golpista:

  • Ative a verificação em duas etapas. Para isso, no aplicativo, clique em “conta” e depois em “confirmação em duas etapas”. Ativando esta opção, você diminui as chances dos golpistas conseguirem clonar o seu número.
  • Entre em “configurações”, clique em “conta” e “privacidade”. Clique em “foto do perfil” e deixe a sua foto de perfil visível apenas os seus contatos.
  • Nunca compartilhe o código de segurança do WhatsApp.

Caso você receba mensagens de amigos ou parentes pedindo dinheiro, ligue para a pessoa usando o número que você tem cadastrado em sua agenda. “Se eu tivesse ligado para meu amigo antes de transferir o dinheiro, teria evitado um imenso transtorno”, conta Caio, que conseguiu reaver a quantia perdida.

Golpe da falsa central de atendimento
Júlia, 69 anos, sempre se considerou uma pessoa antenada e íntima das novas tecnologias. Até que recebeu uma ligação de um fraudador que, passando-se por funcionário do banco em que é correntista, informou que seu cartão havia sido clonado. Assustada, não pensou duas vezes antes de fornecer ao atendente todas as informações que foram solicitadas: nome completo, RG, CPF, o número do cartão e até sua senha pessoal.

Apesar de bem informada, Júlia nem desconfiou de que estava sendo vítima do golpe da falsa central de atendimento. Com um roteiro bastante convincente, os fraudadores tentam alarmar as pessoas com a notícia de que sua conta bancária foi invadida ou clonada e, a partir daí, passam a solicitar informações pessoais e financeiras.

Para não cair nessa conversa, é preciso, em primeiro lugar, respirar fundo e ter autocontrole quando receber uma ligação desse tipo. “Confesso que fui inocente”, conta Júlia. “Fiquei assustada e nem desconfiei que poderia ser um golpe”. Outro cuidado importante: em hipótese alguma forneça informações financeiras ou pessoais por telefone.

Um banco jamais irá ligar pedindo senhas ou número de seu cartão. Se você receber alguma ligação desse tipo, desligue imediatamente e entre em contato com a instituição em que tem conta. Aliás, a Júlia só não perdeu dinheiro porque, assim que desligou, sua filha a questionou sobre a ligação e sugeriu que ela telefonasse para o banco para averiguar a situação.

Golpe do falso motoboy
Pedro tem 48 anos e, pouco adepto da tecnologia, prefere resolver as coisas pessoalmente. Mas, mesmo mantendo distância da internet, ele passou por um susto dos grandes ao ser vítima de um tipo de golpe bastante comum, o do falso motoboy.

Tudo começou com uma ligação do golpista passando-se por um funcionário de banco dizendo que o cartão de Pedro tinha sido clonado. O falso funcionário solicitou a senha e pediu gentilmente para que o cartão fosse cortado, mas sem danificar o chip. Em seguida, informou que, por segurança, o cartão seria retirado, por um motoboy enviado pelo banco.

Não demorou para que outro golpista, passando-se pelo tal motoboy, chegasse na residência da vítima, que não sabia que, mesmo cortado, o cartão com o chip intacto pode ser utilizado. A surpresa desagradável veio na fatura do cartão de crédito, recheada de compras que Pedro não tinha feito. No final da história, deu para recuperar o prejuízo, mas “deu um trabalhão, e foi muito, mas muito estressante”, lembra Pedro.

Hoje, ele sabe que os bancos jamais pedem informações sobre cartão e senha por telefone, muito menos solicitam o seu cartão de volta e mandam um motoboy buscá-lo. Portanto, se você receber uma ligação desse tipo, desligue e então ligue imediatamente para o seu banco para verificar se existe algum problema em sua conta.

Golpe do falso leilão
Ana tem 36 anos e já comprou muita coisa em leilão. “Dá pra adquirir produtos por preços muito atrativos. Foi assim que eu consegui comprar meu carro com um ótimo desconto”. Leilões podem ser realmente uma boa oportunidade, mas é preciso checar antes se são verdadeiros. Em muitos casos, fraudadores criam sites anunciando diversos produtos por um valor abaixo do preço de mercado para atrair vítimas.

Uma vez que alguém demonstra interesse, os criminosos solicitam transferências, depósitos ou envio de PIX para que o produto seja reservado, sempre advertindo que a procura é muito grande e oferecendo descontos para convencer a pessoa a realizar o pagamento. Uma vez pago, o item adquirido nunca é entregue. Foi o que aconteceu com Ana. “Fiz uma transferência de mil reais, só pra descobrir que havia sido enganada. Não consegui recuperar o dinheiro, mas tirei uma lição disso e hoje sou muito mais cuidadosa”, afirma.

Para evitar cair neste tipo de golpe, uma boa dica é seguir a recomendação da própria Ana: “procure pela empresa de leilões na internet, dê uma olhada nos sites de reclamações e confira sempre o CNPJ”. Outro ponto importante, que vale para todas as situações, é nunca realizar transações financeiras em sites que não possuem o certificado ou cadeado de segurança. Vale conferir, também, a credibilidade do site no Reclame Aqui.

Golpe do cartão trocado
Neste tipo de golpe, pessoas mal intencionadas que trabalham como vendedores em lojas, postos de gasolina e outros locais, vêm a senha que você digita ao realizar um pagamento. E, procurando distrair você por um instante, trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Até que você perceba que teve o cartão trocado, o golpista faz compras utilizando o seu dinheiro.

Foi o que aconteceu com o Luís, 29 anos, que perdeu R$ 500 em um bar onde estava comemorando o aniversário da namorada. “Só me dei conta no dia seguinte”, conta, “e tive o maior transtorno para resolver a situação”. Para evitar dores de cabeça desse tipo, fique muito atento ao fazer compras com o cartão. Confira sempre se ele é realmente o seu e, sempre que possível, passe você mesmo o cartão na maquininha.

Esse tipo de golpe também costuma ser aplicado no caixa eletrônico, com pessoas que não têm familiaridade com o equipamento e pedem ajuda de indivíduos que estão por perto e que, muitas vezes, se passam por funcionários de bancos.

Golpe do boleto falso
Embora a maioria dos golpes em nossa lista estejam relacionados à tecnologia, a Dayane, 21 anos, foi vítima de uma fraude à moda antiga. Ela contraiu uma dívida e recebeu uma proposta de negociação de uma recuperadora de crédito conhecida. Por isso, não desconfiou quando um boleto chegou à sua residência.

“Eu nem conferi o valor da parcela, simplesmente paguei. O boleto parecia legítimo, com o logo da empresa e tudo. Só quando fui checar se meu nome tinha saído da lista de restrição é que percebi que tinha sido vítima de um golpe.”

Por correspondência, como aconteceu com a Dayane, ou por meios eletrônicos, como WhatsApp e e-mail, esse tipo de golpe funciona sempre da mesma forma. O falso boleto tem o destino do dinheiro endereçado para a conta do fraudador.

Como reduzir o risco de pagar um falso boleto

  • Antes de pagar qualquer boleto, confira atentamente os dados do beneficiário (nome e CNPJ).
  • Confira, ainda, a data de vencimento e o valor, para ter certeza de que a cobrança corresponde ao que você está pagando.
  • Cheque também os três primeiros dígitos do código de barras para conferir se correspondem ao número do banco responsável pela emissão do boleto.

Golpe do delivery: maquininha quebrada
A primeira reunião de amigos depois da pandemia foi realmente divertida. Mas, distraída com a turma que não via há tanto tempo, a Larissa, de 23 anos, não prestou atenção na hora de receber a pizza que havia encomendado, e foi vítima de um golpe que vem crescendo na mesma proporção do número de pessoas que pedem comida em casa.
“Ao invés dos 50 reais que eu tinha planejado gastar, acabei desembolsando 150”, conta. O golpe do qual ela foi vítima funciona assim: no momento da entrega, o motoboy pede para você pagar em uma maquininha que está com o visor danificado ou a posiciona de uma maneira que você não consegue enxergar o valor digitado, ou parte dele.

Em vez do preço correto, o entregador digita um valor maior. Em outras situações, ele convence a pessoa de que houve um problema com o pagamento e é necessário realizá-lo novamente.

Por isso, recuse fazer qualquer pagamento em maquininhas danificadas e sempre confira o valor que aparece no visor. Se você já fez o pagamento por meio do aplicativo, não pague ao entregador em hipótese alguma. “Cadastrei meu cartão de crédito no aplicativo de delivery, e nunca mais escolho a opção de pagar na entrega”, diz Larissa.

Phishing: o golpe da pescaria digital
Quando o Henrique, 31 anos, recebeu um e-mail prometendo um retorno incrível sobre um investimento em criptomoedas, a curiosidade falou mais alto que a precaução. “Fui imprudente, e cliquei no link, mesmo sabendo que poderia, sim, ser uma fraude”. Henrique foi mais uma vítima do phishing, termo que pode ser traduzido como “pescaria digital”.

Trata-se de uma fraude utilizada para obter dados pessoais e senhas de vítimas por meio de um link falso. Geralmente, os fraudadores enviam mensagens via e-mail, redes sociais ou WhatsApp com anúncios de ofertas imperdíveis ou promessas de ganhos excepcionais que acabam seduzindo a vítima.

No caso do Henrique, não houve prejuízo financeiro: “eu não guardo senhas nem informações importantes nos meus dispositivos. O que aconteceu foi que passei a receber uma avalanche de anúncios e spams na minha caixa de entrada”, conta. No entanto, nem todo mundo tem a mesma sorte, e muita gente termina no prejuízo depois desse tipo de golpe.

Mas não é difícil se precaver contra ele. Verifique sempre se o endereço da página de internet está correto. No caso de dúvidas, não se arrisque: em vez de clicar em links, digite o endereço oficial da página diretamente no navegador. Além disso, nunca clique em links, anexos de e-mails ou mensagens que receber de destinatários desconhecidos.

Cuide bem de suas senhas!
Para que qualquer golpista consiga ter acesso à sua conta bancária ou às suas redes sociais, ele precisa necessariamente das senhas. Por isso, sempre guarde-as com o máximo de cuidado possível. De preferência, memorize-as e, de jeito nenhum, escreva-as em pedaços de papel ou no bloco de notas de seu celular ou computador.

Evite utilizar o recurso “lembrar/salvar senha” em sites ou aplicativos, uma vez que, caso o seu celular ou computador seja roubado, será muito mais fácil para os criminosos terem acesso aos seus dados e, consequentemente, às suas finanças. Se possível, utilize os recursos de biometria ou reconhecimento facial para desbloqueio da tela do seu celular e computador.

Outra dica importante: utilize senhas fortes e diferentes para cada uma de suas contas, lembrando sempre de ativar a “autenticação em duas etapas” nas plataformas de internet e aplicativos que você usa. Com essas informações e atenção, você estará seguro e não terá surpresas desagradáveis na hora de conferir seu saldo bancário.

O melhor remédio é a informação
Todas as pessoas que aparecem nessa matéria têm algo em comum, além de terem sido vítimas de golpes e fraudes: elas afirmam que se tivessem mais informações sobre o tema, dificilmente teriam sido prejudicadas. Não é à toa que na Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, feita pela Federação Brasileira de Bancos, o fortalecimento da segurança cibernética segue como prioridade para as instituições financeiras em 2022.

E já que os bancos investem cada vez mais recursos em segurança digital, cabe também a todos nós nos informarmos sobre o assunto, além de instruir e orientar aqueles que ainda não têm esse conhecimento para que não sejam vítimas desse tipo de crime. Portanto, não deixe de compartilhar essa matéria com os seus contatos, para que mais pessoas possam se informar e se proteger!

Fonte: Meu Bolso em Dia

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