As Políticas de Investimentos (PIs) estabelecem as diretrizes que serão adotadas na gestão dos recursos dos planos do Postalis para os próximos cinco anos, indicando a alocação a ser realizada em cada classe de investimentos (renda fixa, renda variável, estruturado, imobiliário, operações com participantes e exterior). Apesar de visarem um período de cinco anos, as PIs são revisadas, no mínimo, anualmente, incluindo as mudanças do cenário econômico e atualizações nas etapas de gestão dos investimentos do Postalis. Uma política de investimentos bem-feita é importante para o resultado dos planos do Postalis, sendo o principal direcionador para realização de investimentos mais eficientes.
As PIs do Postalis são elaboradas pela Diretoria de Investimentos, auxiliada por uma consultoria externa. A proposta é debatida no Comitê de Investimentos e no Comitê de Riscos de Investimentos e, em seguida, é deliberada pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo.
Principais Aspectos
Um dos principais objetivos das PIs é definir quais classes de investimentos o Postalis deve buscar investir ao longo dos próximos cinco anos. Conforme a regulamentação (CMN 4.661), existem seis classes de investimentos possíveis para as EFPCs, tendo cada uma um limite máximo de investimento pelos planos do Postalis, quais sejam:
• Renda Fixa – até 100% de investimento;
• Renda Variável – 70%;
• Estruturados – 20%;
• Imobiliário – 20%;
• Operações com Participantes (Empréstimos) – 15%; e
• Investimentos no Exterior – 10%.
Para definição da alocação em cada uma dessas classes é realizado o estudo de ALM (do inglês, Asset and Liability Management), que realiza simulações do cenário macroeconômico e de investimentos para os próximos cinco anos com base em algumas premissas, sendo as principais as macroeconômicas (crescimento do PIB, inflação, taxa de juros, taxa de câmbio) e as de risco e retorno das classes de investimentos, isto é, qual a rentabilidade anual esperada para cada investimento e qual a probabilidade dessa rentabilidade ser melhor ou pior.
Com base nessas premissas e métodos estatísticos são geradas diferentes possibilidades de combinações de investimentos, ou Carteiras de Investimentos, sendo que cada uma destas carteiras de investimentos terá uma expectativa de rentabilidade e um nível de risco. A sequência das carteiras mais eficientes gera a Fronteira Eficiente, um gráfico que indica qual a melhor combinação de investimentos para qualquer expectativa de retorno ou nível de risco.
No exemplo abaixo, a linha vermelha representa a Fronteira Eficiente, uma sequência de Carteiras de Investimentos mais eficientes para cada nível de risco ou expectativa de retorno, e os pontos azuis são outras Carteiras de Investimentos, mas que não são eficientes, já que é possível ter uma melhor expectativa de retorno com o mesmo nível de risco em outra Carteira de Investimento ou menor nível de risco com a mesma expectativa de retorno.
A Diretoria de Investimentos apresenta as Carteiras de Investimento da Fronteira Eficiente para a Diretoria Executiva e o Conselho Deliberativo, ficando a cargo destes órgãos a definição da Carteira mais alinhada às necessidades e apetite ao risco do Postalis, sendo o principal atingir a rentabilidade necessária para o pagamento de todos os benefícios.
Nas Políticas de Investimentos para os anos de 2022 a 2026 aprovadas pelo COD, as Carteiras de Investimentos são as seguintes:
Além da definição do montante a ser investido em cada classe, as PIs também definem as diretrizes e os princípios para realização dos investimentos do Postalis. Esses princípios e diretrizes guiam a gestão de todos os investimentos do Instituto, bem como a realização de novos investimentos, visando garantir as melhores práticas.
Outro aspecto importante das PIs é a definição da governança para gestão e realização de investimentos, ou seja, as etapas de análise e aprovação dos assuntos relacionados aos investimentos. As PIs destacam o papel dos principais órgãos decisórios e analíticos do Instituto, como os Conselhos Deliberativo e Fiscal, a Diretoria Executiva, o AETQ (principal responsável pelos investimentos no Postalis), o ARGR (principal responsável pelos riscos no Instituto) e os comitês de assessoramento.
Por fim, as PIs também definem algumas limitações do Postalis para realização de investimentos, sendo que, atualmente, a maioria dessas limitações ainda reflete as recomendações do Interventor da Previc. Portanto, as PIs vigentes proíbem, por exemplo, novos investimentos em Fundos de Investimento em Participações, os FIPs.
Fonte: Gerência de Investimentos